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sábado, 3 de março de 2012

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por vezes nem o sorriso chega. quando tudo começa mal, já nada se endireita. as lágrimas escorrem e o coração dói. os triunfos alcançados tornam-se longínquos e parte do passado. no presente, já nada tem sentido. a força para lutar acaba. o tempo torna-se escasso e a pressão sobe a todo o instante. o fracasso é o próximo passo. depois a desilusão, os gritos e a respiração descompassada. e não, não é o discurso de uma derrotista. é o discurso de quem cansou. cansou de sair por baixo mas não tem qualidade para estar em cima. cansou de ser intermédio, de ser normal, de agradar a todos. cansou de viver. não é o discurso de uma derrotista, mas quase. e tu, meu amor, que é feito de ti? tenho tantas saudades. saudades de como tudo cresceu, como flor na primavera, bela e perfeita. agora, os sorrisos que trocamos já não são sorrisos de cumplicidade. já não são aqueles sorrisos de criança que só tu sabias criar. são apenas sorrisos de simpatia e de cordialidade. que é feito da criança que morava nessa cabeça? que me fazia perder a cabeça. que me fazia chorar de rir. agora por ti apenas escorre mágoa e dor. dor de quem se magoou a sério. agora já não sorris com tanta verdade. os teus olhos já não brilham tanto. mas fico feliz por saber que o teu jeitinho brincalhão ainda não morreu. parte do que me faz tremer por ti, ainda continua presente. e eu sei que o resto vai acabar por vir ao de cima. faz parte de ti. e é necessário para mim. por isso, minha vida, foge do que te entristece. ganha força e corre para felicidade.

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